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LUCIANO MAIA
Biografia

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LUCIANO MAIA LEVA SEU PROJETO DE “JAZZ SANFÔNICO” AO MUNDO – UM ACORDEÃO SEM LIMITES

Pense num artista que desde adolescente já mostrava a que vinha. Um cara que se apaixonou pelo acordeão aos 8 anos de idade e desde então se tornou não apenas um músico virtuose, mas um compositor e pesquisador dos mais acurados de seu instrumento.  

Numa trajetória precoce de sucesso, LUCIANO MAIA em duas décadas gravou 16 álbuns, produziu dezenas de outros dos maiores artistas de sua região –sul do Brasil – e dividiu o palco e o estúdio com astros imortais de seu país, como Hermeto Pascoal, Dominguinhos, Yamandu Costa, Renato Borghetti, e muitos outros que sempre foram suas referências no instrumento, como o francês de herança italiana Richard Galliano.

Eis que LUCIANO, aos 40 anos – nasceu em 1980 – sentiu que era hora de deixar o Brasil e residir em Portugal, de modo a ampliar suas fronteiras musicais e aproximar-se ainda mais do jazz planetário, visto que sempre colocou seu instrumento como protagonista em todo repertório que se dispôs a tocar. E haja canções e ritmos!  Isto inclui todos os mais expressivos brasileiros – do xote ao choro, do samba ao “forró” – e estrangeiros – do tango ao funk. Graças a seu toque pessoal e jazzístico, imprime em tudo o que toca um molho que vem de sua formação regional, porém a vida inteira visando o universal.  Não é por acaso que jamais saíram de seu radar artistas que estiveram sempre a transcender fronteiras musicais, como Tom Jobim, Egberto Gismonti, Edu Lobo e outro ás da sanfona, Sivuca.

O que LUCIANO MAIA cada vez mais se propõe é divulgar o acordeão como um instrumento que vale por uma orquestra, daí ter adotado o nome “sanfônico” para definir seu trabalho atual – uma mistura de “sanfona”, nome popular que o instrumento ganhou no Brasil, com “sinfônico”, ou seja, o som de uma orquestra com muitos músicos. Para chegar a este conceito ele conta que foi pesquisar como seu instrumento nasceu. Pois bem, o acordeon é a adaptação de muitos outros instrumentos de paletas, desde o primitivo cheng, e, inicialmente o que era somente um brinquedo infantil passou a ser utilizado em concertos, celebrações familiares e missas, uma espécie de órgão de peito, que se popularizou pela sua mobilidade, e, como se vê, uma máquina sonora extremamente complexa e completa, capaz encher, literalmente, um grande salão – até mesmo uma igreja. Dos ambientes sacros e familiares foi para os palcos do mundo inteiro e adaptou-se às mais diversas culturas. Às vezes como coadjuvante de um conjunto maior, mas em seu caso, muito mais que isso, um aparelho mágico capaz de estar a serviço de qualquer gênero musical do mundo. 

Sendo LUCIANO MAIA, um músico brasileiro, fruto de uma cultura extremamente diversa e rica, seu “jazz sanfônico” tem um sabor todo especial, capaz de enfeitiçar o público à primeira audição. Um ourives que valoriza cada célula rítmica das canções que interpreta, buscando o fraseado perfeito para conduzi-las. É ouvir para crer.

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RODRIGO FAUOR

Jornalista, pesquisador musical, escritor e mestre em Letras pela PUC do Rio de Janeiro.

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